Projetos

A higienização da morte no Tocantins

Leandro Gracioso de Almeida
  • Status: Em andamento (2020-).

A pesquisa se propõe a investigar a inserção dos valores higienistas e seus eventuais impactos culturais no estado do Tocantins entre os séculos XIX e XX. Desde o final do setecentos, debatiam-se na Europa os riscos da prática de inumação dos mortos dentro de recintos religiosos que eram amplamente frequentados e próximos dos núcleos urbanos. Por estarem lotados, esses cemitérios ad sanctos apud ecclesium com centenas de corpos constantemente sepultados, liberavam gases e líquidos na decomposição dos cadáveres. Os médicos pautados na teoria miasmática acusavam a Igreja e o poder público por serem os responsáveis pela difusão de epidemias. Assim, conforme essa crença, fazia-se necessário segregar mortos e vivos rapidamente, dando aos falecidos um local, mais afastado do núcleo urbano. Mas a difusão dos cemitérios no Brasil foi descompassada e desigual no território. Seja pela morosidade jurídica e/ou entraves financeiros e culturais, os locais de inumação públicos só se difundem a partir de 1850, havendo casos em que só tardiamente, os cemitérios fora do templo tornaram-se o principal lugar de enterramento municipal.

Utilizando uma metodologia que envolve a Nova história Cultural, com seus métodos e abordagem sustentados por ampla consulta bibliográfica, documental e pesquisa de campo, pretende-se analisar como se deu o processo de ocupação e expansão dos espaços urbanos tendo como locus de reflexão a instalação de cemitérios públicos na cidade de Porto Nacional-TO. Pretende-se, perceber as nuances nesse estado do norte que está na periferia do território entre o Cerrado e a Amazônia.pesquisa se propõe a investigar a inserção dos valores higienistas e seus eventuais impactos culturais no estado do Tocantins entre os séculos XIX e XX. Desde o final do setecentos, debatiam-se na Europa os riscos da prática de inumação dos mortos dentro de recintos religiosos que eram amplamente frequentados e próximos dos núcleos urbanos. Por estarem lotados, esses cemitérios ad sanctos apud ecclesium com centenas de corpos constantemente sepultados, liberavam gases e líquidos na decomposição dos cadáveres. Os médicos pautados na teoria miasmática acusavam a Igreja e o poder público por serem os responsáveis pela difusão de epidemias. Assim, conforme essa crença, fazia-se necessário segregar mortos e vivos rapidamente, dando aos falecidos um local, mais afastado do núcleo urbano. Mas a difusão dos cemitérios no Brasil foi descompassada e desigual no território. Seja pela morosidade jurídica e/ou entraves financeiros e culturais, os locais de inumação públicos só se difundem a partir de 1850, havendo casos em que só tardiamente, os cemitérios fora do templo tornaram-se o principal lugar de enterramento municipal.

Utilizando uma metodologia que envolve a Nova história Cultural, com seus métodos e abordagem sustentados por ampla consulta bibliográfica, documental e pesquisa de campo, pretende-se analisar como se deu o processo de ocupação e expansão dos espaços urbanos tendo como locus de reflexão a instalação de cemitérios públicos na cidade de Porto Nacional-TO. Pretende-se, perceber as nuances nesse estado do norte que está na periferia do território entre o Cerrado e a Amazônia.


Mulheres Construindo Espaços: A Questão de Gênero na Arquitetura Tocantinense

Patrícia Orfila
  • Status: Em andamento (2017-).

Este estudo tem como objetivo principal investigar a questão de gênero na arquitetura tocantinense, ao que tange questões como: sexismo, remuneração, jornada de trabalho, licenças, gravidez, premiações, abandono de carreira, dentre outros. A temática é vasta e há muitas possibilidades de abordagem e para que este projeto traga resultados tangíveis na perspectiva de dois anos, a pesquisa será direcionada às egressas do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFT, a partir de 1999, ano de formatura da primeira turma da UNITINS, até 2018. A aproximação com o público-alvo de egressas do curso de arquitetura e urbanismo têm por finalidade conhecer o trabalho dessas arquitetas, bem como promover encontros entre profissionais e estudantes do curso de arquitetura, incentivando trocas de experiências, resgates de memórias e a divulgação do trabalho das arquitetas no Tocantins. Embora a proposta tenha surgido no âmbito da arquitetura, o membros do GPAC estão compartilhando experiências com projetos de extensão vinculados ao Laboratório da Paisagem, do Curso de Arquitetura e Urbanismo e com o Curso de Teatro, por meio do projeto “Escala 1:1 : Ações humanas para espaços monumentais”.


Tradição e modernidade: uma análise do processo de formação e desenvolvimento da arquitetura no Tocantins

Patrícia Orfila
  • Status: Em andamento (2016-).

Criado em 1988, o Tocantins possui um significativo patrimônio a ser ainda conhecido, preservado e catalogado. Cidades como Natividade e Porto Nacional (já tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e com intervenções do Programa Monumenta) abrigam importantes exemplares da arquitetura colonial, como casarios e igrejas. Seu conjunto urbanístico e paisagístico também guarda íntima relação com os principais rios que cortam o Estado de norte a sul: o Tocantins e o Araguaia. Tais caraterísticas apresentam traço importante da cultura e da tradição regionais. Neste sentido, o projeto de pesquisa tem como objetivo a investigação do processo de formação da arquitetura tocantinense, a partir do período de sua constituição, no início do século XVIII, com a chegada dos portugueses em busca de ouro, até os influxos do conceito de modernidade tardia no processo de planejamento da capital Palmas. Além disso, a questão suscitada pelas associações ao projeto de Brasília torna a clássica dicotomia tradição/modernidade fonte para um amplo debate sobre a arquitetura tocantinense, que dará sequência à produção de um quadro historiográfico da Região Norte do país.